quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Juízes e Advogados

    Eis como um antigo escritor descreveu as funções de uns e de outros que são em tudo opostas:

    “O juiz trabalha a descobrir a verdade. O advogado trabalha a oculta-la, ou a disfarçá-la: O Juiz procura o meio-termo. Que é aonde reside a equidade. O advogado busca os extremos. O juiz deve ser severo, rígido inflexível. O advogado busca convém ser brando flexível, complacente para entrar em sentimentos do seu cliente e defender-lhe a causa. O juiz deve ser constante, uniforme, invariável, marchando na mesma linha. O advogado deve variar, amoldar-se, tomar todas as formas. O juiz não deve ter paixões. O advogado procura excitá-las, e mostrar-se apaixonado pela causa que defende. O juiz não deve ter em linha recta o fiel da balança, e esta em equilíbrio. O advogado lança pesos numa das conchas para fazer descer.

    O juiz em suma, está armado do gladio e o advogado busca desarmá-lo.”

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